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domingo, 16 de fevereiro de 2014

Medir ou não medir? A perspectiva do planejamento de forragem

Measure or not to measure ? Forage Budget Perspective

A relação entre o suprimento e a demanda de forragem em muitos casos na pecuária brasileira ainda é tratada de uma forma subjetiva sem a devida abordagem técnica que o assunto merece. Um dos pontos fundamentais na avaliação da produtividade na atividade agrícola é a devida quantificação de tudo que se produz e se perde, para que novas estratégias de manejo possam ser implementadas com segurança de forma que metas mais elevadas de produção sejam alcançadas.

A atividade pecuária, diferentemente do que se vê na agricultura, tem um ciclo normalmente mais longo do que muitas culturas agrícolas, aceitando perdas acumuladas e duradouras que diminuem significativamente a eficiência desses sistemas. Uma das lições que podemos tirar, além dos cultivos agrícolas, vem da cadeia produtiva de aves e suínos. O desenvolvimento tecnológico nesses setores foi determinante para o aumento do suprimento de proteína de origem animal de menor custo para um universo cada vez maior da população mundial. Parte da explicação? Rigor na quantificação de ganhos e perdas em todo o processo de produção, associado à investimentos em sanidade, nutrição e melhoramento. Onde fica a produção brasileira de ruminantes nesse contexto?

Podemos dizer que somos plenamente capazes de aumentar significativamente nossa produtividade de carne e leite, sem avançar sobre áreas de florestas naturais, utilizando as nossas áreas de pastagens onde os animais podem ser criados em condição de bem-estar mais próximas do que a sociedade atualmente espera dos nossos produtores.

Não é uma tarefa tão simples quando consideramos os múltiplos fatores envolvidos na criação a campo (seca, alagamento, pragas, geada, etc) e que não estão diretamente envolvidos em sistemas confinados. Mas um aspecto é fundamental e pode ser o ponto de partida para uma análise mais efetiva de como melhorar os sistemas de produção de ruminantes a campo, quantificar o que somos capazes de produzir como forragem aos nossos animais. Algumas técnicas de amostragem de forragem em pastagens podem ser consultadas em diferentes fontes ou na internet com relativo sucesso, mas usar essas informações apropriadamente também é fundamental para o que chamamos de planejamento forrageiro.

No link anexo à postagem é apresentada um exemplo de planilha com dados de produção estacional de algumas forrageiras para a região sudeste do Brasil, que podem ser alteradas com informações de outras espécies e produção. Na planilha podem ser verificadas as imensas variações de produção de forragem entre curvas de produção determinadas pela maior ou menor presença de chuvas, situação mais comum na maior parte do Brasil pecuário. Em um rápido exercício de simulação, podemos perceber quão importante é a quantificação da produção na definição de um planejamento para que nossos animais tenham acesso regular ao seu alimento básico, forragem, mesma que ela seja fornecida diretamente como pasto ou suprida aos animais como suplemento estratégico na forma de feno ou silagem.

Planejamento de Forragem em Planilha Excel - CLIQUE AQUI

Leitura não relacionada diretamente às pastagens mas bastante interessante:
A Medida do Mundo - A Busca Por Um Sistema Universal de Pesos e Medidas

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